Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apontou um nome que dará o tom da política econômica a ser desenvolvida em um eventual governo. Ainda. Mas existe um grupo com cerca de 90 pessoas para auxiliar no desenho de uma proposta que ainda deve passar por negociações com partidos da aliança em torno da candidatura do ex-presidente ao Planalto. E um deles fala sobre a Faria Lima, diz o portal Metrópoles.
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Economista próximo de Lula
Grupo coordenado por Guilherme Mello, que já comandou a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad à Presidência da República em 2018, esse grupo conta com a participação de ex-ministros, tanto do ex-presidente como da ex-presidente Dilma Rousseff.
Mello ressaltou ao portal o quanto a ideia do teto de gastos é ultrapassada, em sua visão, no sentido de garantir um equilíbrio fiscal e desenvolvimento econômico e social para o país.
Nesse contexto, dificilmente Lula repetirá o movimento de “acalmar o marcado” com uma reedição da Carta ao Povo Brasileiro, editada em 2002, em plena campanha, que o levou ao poder, com apoio da elite financeira do país.
“A nossa preocupação não é agradar ou desagradar o mercado financeiro. Não falo pelo Lula, mas estou pensando no debate dos economistas do partido e ligados à Fundação Perseu Abramo“, afirmou Mello, referindo-se ao espaço de formulação do PT, que abriga o núcleo.
“Nossa preocupação é construir propostas alternativas que possam ser úteis e importantes para um novo modelo de desenvolvimento e que dialogue com o que há de melhor e mais atual sendo discutido no mundo, que dialoguem com as necessidades do Brasil, com a realidade do país, onde o povo está passando fome. A gente não está preocupado com uma proposta que agrade ou desagrade a Faria Lima”, destacou ao Metrópoles, com a denominação usualmente destinada às grandes instituições financeiras.