O bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal, sofreu uma derrota na Justiça. Isto porque a ministra Maria Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não aceitou a solicitação do líder religioso para condenar o pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT). A informação é do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
O pedido do bispo é em relação ao episódio que o ex-ministro da Educação, durante a eleição presidencial de 2018, o chamou de “representante do fundamentalismo charlatão”. A decisão da ministra foi realizada no mês de abril.
No segundo turno de 2018, Haddad concorria contra Jair Bolsonaro e criticou alguns líderes religiosos. “Sabe o que é o Bolsonaro? Vou dizer para vocês o que é o Bolsonaro. Ele é o casamento do neoliberalismo desalmado, representado pelo Paulo Guedes, um neoliberalismo desalmado, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo. Isso que é o Bolsonaro. Sabe o que está por trás desta aliança? Chama, em latim, ‘Aura sacra fames: fome de dinheiro, só pensam em dinheiro”, comentou.
O dono da Universal então processou o petista por injúria e difamação no Tribunal de Justiça de São Paulo, que condenou o ex-prefeito. No entanto, ele reverteu a decisão.
O que disse a ministra sobre a batalha judicial entre Haddad e Edir Macedo?
Gallotti apontou que a posição do ex-ministro faz parte de um desconforto natural da sociedade. “O próprio autor [Edir Macedo] apresenta uma lista de processos judiciais contra si, onde observam-se oito interpostos com a acusação de charlatanismo, ainda que com a informação de absolvido ou arquivado por falta de provas”, diz trecho da decisão.