Eduardo Bolsonaro voltou a expor crianças ao fazer apologia a armas. Nesta terça-feira (09), o deputado do PSL foi às redes sociais compartilhar um vídeo de um menino armando um fuzil. “Tem futuro”, exaltou o filho “03” do presidente, junto de emojis batendo palma.
Em 2019, Eduardo infringiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fazendo ato semelhante. Na época, o deputado compartilhou um vídeo de um garoto segurando um rifle, dançando e cantando funk. Atitudes como essa são frequentes vindas do clã Bolsonaro. O presidente já foi até mesmo condenado por comitê da ONU ao aparecer com uma criança vestida de policial militar e armada no colo.
Na atual publicação, uma mulher fala em tom de aprovação com a criança e pede que ela faça algumas movimentações na arma, como retirar e colocar o cartucho e simular como se fosse atirar. “É adorável”, afirma ela após falar com o menino, que diz que tem 4 anos.
Confira abaixo:
Tem futuro! ??? pic.twitter.com/87QE3xAxRu
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) November 9, 2021
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ONU repreende Bolsonaro por foto de criança com arma
Na época, o Comitê dos Direitos da Criança da ONU emitiu uma declaração condenando a exibição do menino. O comunicado afirmava que o comitê “condena com veemência o uso de crianças pelo presidente Bolsonaro, vestidas com trajes militares e com o que parece ser uma arma de fogo, para promover sua agenda política, mais recentemente em 30 de setembro de 2021″.
Proibição do ECA
A postagem de Eduardo Bolsonaro infringe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com a legislação, é proibido “divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo à criança ou adolescente a que se atribua ato infracional”.
O texto do ECA ainda pune “quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente”. A pena é uma multa que vai de três a vinte salários de referência.
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