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Um episódio recente mostra a ligação umbilical dos Bolsonaros com os motins de PMs milicianos no Ceará.
A “Chacina do Curió”, ou “da Grande Messejana”, a maior da história de Fortaleza, ocorreu em novembro de 2015.
No dia 12 de novembro, durante aproximadamente 3 horas e meia, policiais assassinaram onze adolescentes, feriram três e torturaram outros no bairro.
Nove dos mortos tinham entre 16 e 19 anos.
Quarenta e quatro soldados foram acusados dos crimes. Acabaram presos, mas soltos em seguida. Não vai dar em nada.
Três linhas de investigação foram adotadas, a mais aceita uma retaliação pela morte de um cabo horas antes do início dos assassinatos.
Os jovens tomaram tiros na cabeça. Não estavam armados e não tiveram oportunidade de defesa.
“Alguns se ajoelharam pedindo para não morrer, mas ainda assim não foram poupados. Foi uma noite tenebrosa”, disse o procurador-geral de Justiça Plácido Rios.
Renayson foi retirado de um ônibus para ser executado.
“Ele sonhava em ser jogador de futebol. Minha vida nunca mais foi a mesma”, contou sua mãe, Maria de Jesus.
Menos de um ano depois do massacre, os policiais receberam uma visita especial na cana: a do deputado federal Eduardo Bolsonaro, então no PSC-SP.
No Facebook, Bolsonaro defendia que seus amigos foram vítimas de “denúncias genéricas”.
“É como se ocorresse um assassinato no seu prédio e prendessem todos os moradores dele em razão disso”, escreveu.
“Essa é a política de DIREITOS HUMANOS NO BRASIL. Coloque-se no lugar desses profissionais, qual estímulo você teria para trabalhar?”
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