Eduardo Bolsonaro defendeu e visitou na prisão PMs acusados de matar 11 garotos em chacina no Ceará

Atualizado em 21 de fevereiro de 2020 às 9:45

https://www.youtube.com/watch?v=TCCto1XA4QU

Um episódio recente mostra a ligação umbilical dos Bolsonaros com os motins de PMs milicianos no Ceará.

A “Chacina do Curió”, ou “da Grande Messejana”, a maior da história de Fortaleza, ocorreu em novembro de 2015.

No dia 12 de novembro, durante aproximadamente 3 horas e meia, policiais assassinaram onze adolescentes, feriram três e torturaram outros no bairro.

Nove dos mortos tinham entre 16 e 19 anos.

Quarenta e quatro soldados foram acusados dos crimes. Acabaram presos, mas soltos em seguida. Não vai dar em nada.

Três linhas de investigação foram adotadas, a mais aceita uma  retaliação pela morte de um cabo horas antes do início dos assassinatos.

Os jovens tomaram tiros na cabeça. Não estavam armados e não tiveram oportunidade de defesa.

“Alguns se ajoelharam pedindo para não morrer, mas ainda assim não foram poupados. Foi uma noite tenebrosa”, disse o procurador-geral de Justiça Plácido Rios.

Renayson foi retirado de um ônibus para ser executado.

“Ele sonhava em ser jogador de futebol. Minha vida nunca mais foi a mesma”, contou sua mãe, Maria de Jesus.

Menos de um ano depois do massacre, os policiais receberam uma visita especial na cana: a do deputado federal Eduardo Bolsonaro, então no PSC-SP.

No Facebook, Bolsonaro defendia que seus amigos foram vítimas de “denúncias genéricas”.

“É como se ocorresse um assassinato no seu prédio e prendessem todos os moradores dele em razão disso”, escreveu.

“Essa é a política de DIREITOS HUMANOS NO BRASIL. Coloque-se no lugar desses profissionais, qual estímulo você teria para trabalhar?”

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