O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta quinta-feira (8) que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é baseada em “conjecturas” e negou a existência de uma tentativa de golpe.
O parlamentar classificou a operação da Polícia Federal (PF) como uma “perseguição notória” contra o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF encontrou um documento na sede do PL, em Brasília, que propõe decretação de estado de sítio e garantia da lei e ordem no país. O papel não estava assinado.
Durante live em seu canal no YouTube, o parlamentar enfatizou que “golpe não se dá no papel”, mas sim “na ponta do fuzil”. “Golpe acontece com arma, com tiro, com morte. Qualquer lugar do mundo que vocês forem ver onde teve golpe se passou isso. Golpe não vai acontecer com minuta, com bilhetinho, como tentaram acusar o Anderson Torres. Isso aí não é golpe, gente”, disse.
“A quantidade de papel, ainda mais nós, que somos pessoas públicas, que a gente recebe. Você bota no bolso e etc. Sequer assinado estava. Não teve qualquer iniciativa, ato executório. Sequer o planejamento”, acrescentou.
Segundo o deputado, há um desequilíbrio entre os Poderes. “A Constituição está sendo rasgada diariamente por quem deveria defendê-la. E o papel da população é ficar calada e pagar tributos até a morte”, disse.
Para Eduardo Bolsonaro, a operação da PF ocorre após demonstrações de força do ex-presidente. “Toda demonstração de força que o Bolsonaro faz, no dia seguinte, Moraes tenta abafar esse mérito. Aconteceu na superlive no dia 28 de janeiro, que marcou o retorno de Bolsonaro as transmissões. Ele teve 80 vezes mais audiência do que o Lula”, alegou.
“No dia seguinte, mandado de busca e apreensão contra o Carlos Bolsonaro cumprido na casa de Jair Bolsonaro. (…) Mal dá tempo de celebrar que já vem uma operação a mando de Alexandre de Moraes que está sujando todo o nome da Polícia Federal”, criticou o deputado.