Um dos protagonistas do golpe que derrubou Dilma Rousseff em 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha afirmou, em entrevista ao Pânico da Jovem Pan, que apoiará a reeleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República nas eleições deste ano.
Ele argumentou que se identifica como “antipetista”, e por isso vai votar no atual chefe do Executivo. “A questão não é gostar ou não dele. O Bolsonaro representa hoje aquilo que estou enfrentando, que é o PT. Eu sou antipetista”, declarou.
Cunha ainda se vangloriou de ter “tirado o PT” do poder, ao falar sobre o processo de impeachment de Dilma. Ele afirmou ser contra várias políticas públicas que o PT apoia, como o direito ao aborto e a reforma trabalhista.
De acordo com o ex-deputado, o novo presidente pode ser definido logo no primeiro turno “se o PSDB não tiver candidato”, por conta do chamado “voto útil”. Ele aproveitou para debochar da candidatura da senadora Simone Tebet, provável escolha dos tucanos para disputar o Palácio do Planalto, em uma aliança com MDB e Cidadania.
“O PSDB está com dois caminhos: ou uma candidatura pífia ou apoiar Simone Tebet, que é a mesma coisa de não ter candidatura porque ela não vai a lugar nenhum”, opinou Cunha.