A cena de Eduardo Bolsonaro correndo da imprensa pelos anexos do Congresso Nacional, seguido por seus seguranças, vai para a antologia da política e do atletismo nacionais.
Qual um Forrest Gump miliciano, o Zero Três parte em desabalada carreira com um jornalista em seu encalço.
— Uma palavrinha, líder!, diz o repórter do Congresso em Foco.
É inútil.
O sujeito está muitos passos adiante.
Alcança uma área de acesso restrito, engata uma marcha mais lenta numa escada rolante e deixa seus predadores para trás.
Oficialmente, ele assumiu a liderança do PSL na segunda, dia 21, em meio à guerra de facções de seu partido.
O “líder” não quis falar porque não lidera coisa alguma.
Em poucos dias, Eduardo foi de futuro embaixador em Washington a fugitivo.
Papai Jair está em viagem na Ásia e o deixou sozinho com os dois irmãos esquisitos e a tia Joice Hasselmann, que resolveu assá-lo em fogo baixo ameaçando entregar o esquema das fake news.
O Coelho Branco de Alice está sempre apressado e atrasado para algo que ele não revela, mas todo mundo sabe o que é.
Corre, Eduardo! Corre!
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