O PT gaúcho exortou a militância partidária a redobrar os esforços para a vitória do ex-presidente no RS no próximo dia 30 de outubro contra o fascismo, a fome e a destruição bolsonarista.
O PT entende como essencial o “combate sem tréguas” a Bolsonaro no plano nacional e ao seu representante na disputa pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Por isso a resolução do Partido é categórica ao proclamar a seus militantes nenhum voto a Ônyx Lorenzoni, que é a expressão maior do ódio, da intolerância e da violência política.
A posição anunciada por Eduardo Leite, de [falsa] “neutralidade” diante de um cenário de eloquentes ameaças à democracia, é contraditória com a postura digna e decente de intelectuais, economistas e líderes históricos do PSDB.
FHC e outras lideranças tucanas se somaram incondicionalmente ao movimento antifascista e pró-democracia representado pela candidatura Lula/Alckmin para retirar o Brasil do precipício e da barbárie em que se encontra.
Este momento histórico cobra dos líderes políticos um posicionamento claro, transparente e, sobretudo, honesto.
Nesta encruzilhada entre a democracia e o fascismo, não existe lugar em cima do muro: ou se está do lado da democracia e da vida com Lula/Alckmin; ou, então, proclamando uma falsa neutralidade, se estará no lado do autoritarismo e do fascismo.
Neste contexto, o candidato Eduardo Leite seria desrespeitoso com o povo gaúcho e indigno de receber o voto do povo gaúcho se não disser em alto e bom som qual o lado dele na História, com “H” maiúsculo.
Em 2018, Leite apoiou Bolsonaro contra o petista Fernando Haddad dizendo que a eleição do PT à presidência faria “mais mal ao país”.
E hoje, passados quatro anos do tremendo “mal ao país” e ao Rio Grande causado pelo governo de Ônyx e Bolsonaro, o que Eduardo Leite tem a dizer?
Leite, afinal, vai dizer qual o lado dele na História? Ou ele prefere ficar aprisionado ao seu ódio antipetista atávico e mesquinho, de tal proporção tóxica, que cega sua visão e mortifica sua alma?
A pergunta que Eduardo Leite tem de responder, com clareza e objetividade, é: ele tem, afinal, compromisso incondicional com a democracia, para merecer votos de antifascistas?
Nutrindo um antipetismo doentio, Leite estará contribuindo – consciente ou inconscientemente – para o maior entranhamento da ideologia fascista na sociedade. O que, no caso concreto, significa colocar água no moinho bolsonarista …
Eduardo Leite precisa assumir lado: ou é Lula/Alckmin, ou é o fascismo. Não existe lugar em cima do muro.
Custa imaginar que Leite seja calculista e frio a ponto de se sentir desobrigado de se posicionar entre Lula e a barbárie porque ele sabe que os petistas, como democratas e dignos que são, jamais servirão de escada para que suba ao poder no RS um abjeto representante de Bolsonaro.
Publicado no blog de Jeferson Miola