O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), sugeriu o adiamento das eleições municipais no estado, marcadas para outubro deste ano. Ele expressou preocupação de que a mudança de gestão nas prefeituras possa prejudicar os esforços de reconstrução das cidades afetadas pelas enchentes recentes.
Segundo Leite, as atividades pré-eleitorais já começam em junho e as convenções acontecem em julho, o que poderia atrapalhar os processos de reconstrução e recuperação. Ele destacou que a vida da população no estado levará “alguns meses” para voltar ao normal, considerando a extensão dos danos causados pelas enchentes.
“Junho já é um momento pré-eleitoral e, em julho, se estabelecem as convenções. [O adiamento] É um debate pertinente. O Estado estará em reconstrução, ainda em momentos incipientes, em que trocas de governos municipais podem atrapalhar esse processo. O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação”, disse Leite em entrevista ao Globo.
Antes das enchentes, o governador ainda não havia decidido qual candidato à prefeitura de Porto Alegre apoiaria. No entanto, diante da situação de calamidade, o político afirmou que essa decisão está agora em segundo plano.
Em relação à política municipal de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), atual prefeito que busca reeleição, enfrenta uma situação incerta após as enchentes. Ele era considerado favorito em pesquisas anteriores, mas sua posição pode ter sido prejudicada pela tragédia. Maria do Rosário (PT) emerge como nome da oposição, buscando retomar o protagonismo do campo progressista na cidade.
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