Eduardo Paes se diz “aliviado” com afastamento de Bretas: “Que sirva de lição”

Atualizado em 28 de fevereiro de 2023 às 21:54
Eduardo Paes se diz “aliviado” com afastamento de Marcelo Bretas pelo CNJ. Foto: Agência Brasil.

Eduardo Paes diz estar “aliviado” após o afastamento do juiz Marcelo Bretas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Prefeito do Rio de Janeiro, ele diz que o magistrado atuou contra ele para beneficiar Wilson Witzel, “seu amigo”, durante a eleição de 2018.

“Hoje, cinco anos depois, de alguma forma, fico aliviado. Aliviado por ver que a justiça está sendo feita e a verdade sobre a minha honra ter sido esclarecida. De ver que as instituições seguem firmes, reparando equívocos do passado e preservando a democracia”, afirma Paes.

Ele ainda lamenta que “algumas figuras tenham usado o Judiciário para fazer política” e diz que é “inadmissível” Bretas ter prejudicado sua candidatura em 2018. “Que a decisão do CNJ sirva de lição para que não tenhamos mais a inaceitável manipulação judicial no processo eleitoral”, diz o prefeito.

Leia o texto de Eduardo Paes na íntegra:

O Conselho Nacional de Justiça acaba de afastar do cargo o juiz Marcelo Bretas por irregularidades na condução dos processos. Um juiz não pode agir com parcialidade, perseguir politicamente quem quer que seja e interferir no processo eleitoral para beneficiar seus amigos.

Hoje, cinco anos depois, de alguma forma, fico aliviado. Aliviado por ver que a justiça está sendo feita e a verdade sobre a minha honra ter sido esclarecida. De ver que as instituições seguem firmes, reparando equívocos do passado e preservando a democracia.

É triste ver que algumas figuras tenham usado o Judiciário para fazer política. Sou político há 30 anos e estou acostumado a participar de eleições, ganhando algumas e perdendo outras. Faz parte do processo democrático.

O que é inadmissível é o juiz Bretas, às vésperas das eleições ao governo do Rio de 2018, quando eu liderava a disputa, conduzir parcialmente um interrogatório, realizado pela quarta vez e modificado em sua última versão, com o claro intuito de prejudicar minha candidatura, sem que houvesse qualquer acusação ou prova contra mim. O objetivo era evidente: favorecer seu amigo, o ex-juiz Wilson Witzel, com quem mantinha relações próximas, exibidas descaradamente nas redes sociais de ambos.

Witzel, como todos sabemos, acabou sofrendo impeachment por denúncias de corrupção. O meu processo contra o juiz Bretas não tem a intenção de modificar o passado, mas pode impedir que casos como este voltem a se repetir.

Que a decisão do CNJ sirva de lição para que não tenhamos mais a inaceitável manipulação judicial no processo eleitoral.

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