A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde a historiadora Tertuliana Lustosa protagonizou uma polêmica na última quinta-feira (17), divulgou uma nota afirmando que a universidade é um ambiente plural e de diálogos, mas que repudia a música e a performance da travesti.
Durante sua apresentação no seminário “Gênero para além das fronteiras”, a artista subiu em uma mesa de sala de aula e expôs os glúteos enquanto cantava letras de teor erótico.
“Vou te ensinar gostoso dando aula na sua pica. Aqui não tem nota nem recuperação. Não tem sofrimento, se aprende com tesão. De quatro. E cu, cu, cu”, cantou Tertuliana.
?? Durante um evento na Universidade Federal do Maranhão, a historiadora Tertuliana Lustosa subiu em uma cadeira, mostrou as partes íntimas e afirmou que “educa com o c.”, durante uma mesa-redonda sobre “Dissidências de Gênero e Sexualidades”. O vídeo da “performance”… pic.twitter.com/eAEpEwxnAr
— Jornal Razão (@jornalrazao) October 17, 2024
Em nota, a universidade afirmou: “Como sabido, a Universidade é um espaço plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo. Por isso, entendemos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental da academia, mas também ressaltamos a importância de se manter um ambiente harmônico e respeitoso para todos os membros da nossa comunidade.”
“Por ser um lugar de múltiplas formas de conhecimento, os cursos de graduação e de pós-graduação possuem autonomia para discutir os variados temas que permeiam a nossa sociedade e que se apresentam a partir de diversas teorias científicas. Ressalta-se, contudo, que a UFMA não compactua com quaisquer ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição”, diz outro trecho.
A universidade acrescenta que está “averiguando o ocorrido e tomará as providências cabíveis”. “A UFMA informa que está averiguando o ocorrido e tomará as providências cabíveis, após o comprometimento de ouvir todas as vozes, reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, respeitoso e transparente”, destacou.
“Reafirma-se, por fim, que todos os esforços da Universidade buscam a melhoria de uma sociedade mais justa, inclusiva e comprometida com a pluralidade de vozes e saberes em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade.”