Efeito Lula: Desmatamento cai 30% na Amazônia e registra 1ª queda em 5 anos no Cerrado, diz Inpe

Atualizado em 7 de novembro de 2024 às 7:39
Região amazônica abrange a maior floresta tropical do mundo – Foto: Reprodução

O desmatamento na Amazônia apresentou uma queda de 30,6% entre agosto de 2023 e julho de 2024 em relação ao ano anterior, conforme dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na quarta-feira (6). Foram 6.288 km² de floresta desmatada, comparados a 9.064 km² no período anterior, marcando o menor índice de destruição na última década.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, celebrou o resultado, destacando que a redução do desmatamento “traz alívio para nossos embaixadores”, dado o peso do tema ambiental em discussões internacionais. Ela representará o Brasil na COP29, no Azerbaijão, onde apresentará os dados positivos como reflexo das políticas ambientais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os estados da Amazônia Legal que mais reduziram o desmatamento foram Rondônia (62,5%) e Mato Grosso (45,1%), seguidos por Amazonas (29%) e Pará (28,4%). Em contrapartida, Roraima foi o único estado da região a registrar aumento, com uma alta de 53,5% nas áreas desmatadas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Reprodução

No Cerrado, o desmatamento também caiu, apresentando a primeira redução em cinco anos, com queda de 25,7%. Foram desmatados 8.174 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, contra 11.002 km² no período anterior. A maior parte do desmatamento ocorreu na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que concentrou 76,4% da devastação.

Na região do Matopiba, a Bahia foi o estado que mais reduziu o desmatamento, com uma queda de 63,3%, seguida pelo Maranhão (15,1%), Piauí (10,1%) e Tocantins (9,6%).

Segundo Marina Silva, o resultado reflete a cooperação entre os governos estaduais e federal no combate ao desmatamento.

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