O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua previsão de crescimento para o PIB do Brasil em 2024, elevando a expectativa de 2,1% para 3%. Essa revisão representa a maior alta entre as principais economias globais, com um aumento de 0,9 ponto percentual em comparação à estimativa anterior, divulgada em julho. A melhora no cenário econômico brasileiro reflete um desempenho mais forte do consumo privado e investimentos, impulsionados pelo aumento do emprego e programas de transferência de renda.
No entanto, o FMI revisou para baixo a previsão de crescimento do PIB brasileiro para 2025, passando de 2,4% para 2,2%. Segundo o relatório, a expectativa de crescimento mais lento no próximo ano está ligada à necessidade de manter juros altos para controlar a inflação, o que pode afetar negativamente o mercado de trabalho e a economia como um todo.
O relatório aponta que, apesar das incertezas, o Brasil deve ter um desempenho superior ao de outros países da América Latina, cuja média de crescimento prevista para 2024 é de 2,1%. Em 2025, a previsão para a região é ligeiramente melhor, chegando a 2,5%. O FMI também destaca que a economia global tem mostrado resiliência, contrariando expectativas de recessão devido aos altos juros impostos por diversos países.
Em relação à inflação, o FMI observou que a batalha global contra o aumento de preços, impulsionada pela pandemia, está sendo vencida em várias partes do mundo. No entanto, os juros elevados continuam sendo um desafio para muitas economias, incluindo o Brasil. A política monetária mais rígida nos últimos anos tem sido crucial para a estabilização da inflação, mas o efeito sobre o crescimento econômico é evidente.
A atual previsão de crescimento para o Brasil se aproxima das estimativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que revisou sua expectativa para o PIB deste ano para 3,2%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo, afirmando que a economia brasileira deve manter uma taxa média de crescimento superior a 2,5% até o fim do mandato de Lula, em 2026.
O FMI também ressaltou a importância de reformas estruturais e políticas fiscais responsáveis para sustentar o crescimento econômico no longo prazo. O alto endividamento público e o impacto das mudanças climáticas são questões que demandam atenção dos governos, tanto em economias avançadas quanto em países em desenvolvimento.
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