Efeito Nunes: 68 mil imóveis estão sem energia após temporal em SP

Atualizado em 25 de outubro de 2024 às 8:28
Bairro de SP após apagão há duas semanas: 47 mil imóveis estão sem energia nesta sexta. Foto: reprodução

Nesta sexta-feira (25), cerca de 68 mil imóveis em São Paulo estão sem energia elétrica após o temporal que atingiu a capital e diversas cidades paulistas na noite da última quinta-feira (24).

Conforme dados da Enel, divulgados até 7h20 desta sexta, o município mais impactado é Pirapora do Bom Jesus, onde 6,59% da rede está comprometida. Na cidade de São Paulo, aproximadamente 45 mil clientes estão sem serviço de energia, o que representa 0,83% da rede local afetada.

Diante das previsões de chuvas e ventos intensos, a Enel havia anunciado na quinta-feira que estava “preparada para colocar em prática seu Plano Emergencial de Atendimento, caso seja necessário”.

A companhia mobilizou cerca de 2.500 técnicos em campo que ficaram “de prontidão” para atender possíveis interrupções nos 24 municípios cobertos pela concessionária, além de reforçar seus canais de atendimento, incluindo o call center, que pode dobrar sua capacidade.

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Ricardo Nunes visita área atingida por temporal na região da Lapa, em SP. Foto: Divulgação

Para atender a serviços essenciais, como hospitais, a Enel disponibilizou 500 geradores, além de duas subestações e dois transformadores móveis posicionados em áreas críticas.

A previsão para o estado indica que o tempo permanecerá instável nas próximas horas. De acordo com a Defesa Civil, a Região Metropolitana e a Baixada Santista podem registrar rajadas de vento de até 70 km/h. Na capital, a chegada de uma frente fria deve trazer novas pancadas de chuva ao longo do dia.

Vale destacar que a falta de energia ocorre menos de duas semanas após um temporal ter deixado 3,1 milhões de pessoas sem luz na capital. A demora no restabelecimento, com cerca de 100 mil imóveis ainda sem energia cinco dias depois, gerou fortes críticas à Enel e levantou questões sobre a atuação da concessionária, que foi até tema de discussão no debate entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol).