A história de Aécio Neves é uma fábula moral sobre aonde levam os baixos instintos na política — e, por que não, na vida.
Com todos os sinais à frente de si e o exemplo de Carlos Lacerda no passado, Aécio se atirou numa aventura golpista que acabou por engoli-lo.
Ainda vamos ouvir falar muito dele neste ano. Dificilmente sob um aspecto positivo.
Aécio tenta lutar para concorrer ao Senado, mas esbarra no PSDB. Além, é claro, do desprezo do eleitorado.
A divulgação das conversas com Joesley foram determinantes para seu fim.
“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”, disse o jagunço, referindo-se ao primo Fred, mostrando sua verdadeira cara.
No Estadão, o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, do PSB, antigo aliado, falou das ambições do Mineirinho.
“Por onde passo em Minas as opiniões são que a imagem de Aécio que ficou, justa ou injustamente, muito prejudicada”, afirma, sutil.
Segundo Márcio, “as pesquisas mostram uma rejeição muito grande a ele. Tem sido aconselhado a se candidatar a deputado federal. Eu dei essa opinião a Andrea Neves antes dele enfrentar esse problema mais grave da gravação do Joesley”.
Aécio deve desculpas ao país. Ele e a mana Andrea.
Jamais o farão.
O que torna sua agonia ainda mais patética.