Eleições em dois turnos nunca tiveram virada em SP, diz Datafolha

Atualizado em 29 de setembro de 2024 às 23:11
Os candidatos à Prefeitura de SP: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) – Foto: Reprodução

A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (26), mostrou eleições em dois turnos nunca tiveram virada em São Paulo.  Segundo o levantamento, Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, venceria qualquer adversário em um segundo turno se a eleição fosse hoje. Uma vitória de Guilherme Boulos (PSOL) ou Pablo Marçal (PRTB) sobre o prefeito seria inédita na história das eleições na capital paulista.

Simulações feitas pelo instituto em situações semelhantes, faltando cerca de uma semana para o primeiro turno, indicam que nenhum candidato em desvantagem neste momento da disputa conseguiu vencer na segunda votação – a tendência se mantém ao longo das últimas eleições municipais em SP.

O candidato à Prefeitura de SP Guilherme Boulos (PSOL) – Foto: Reprodução

Em 2020, por exemplo, Boulos aparecia atrás de Bruno Covas (PSDB) nas pesquisas antes do primeiro turno, com 54% contra 32% a favor do tucano. Nas urnas, semanas depois, Covas venceu com 51% dos votos totais, enquanto Boulos obteve 35%.

A única vez em que um candidato quase conseguiu reverter esse cenário foi em 2000, quando Paulo Maluf (então no PPB) disputou contra Marta Suplicy (PT). O Datafolha indicava no final de setembro daquele ano que Marta tinha 36 pontos de vantagem. Na eleição, ela venceu com 16 pontos de diferença.

Luciana Chong, diretora do Datafolha, ressalta que as pesquisas refletem o momento em que são realizadas e afirma que o segundo turno “é uma nova eleição”. Ela lembra, por exemplo, que antes do segundo turno da eleição presidencial de 2018, havia cenários que indicavam vantagem para Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro (então no PSL), o que acabou não se confirmando.

Chong destaca que a rejeição dos candidatos é um fator crucial para o sucesso no segundo turno. Historicamente, São Paulo tende a eleger o candidato com menor rejeição. Atualmente, Nunes leva vantagem nesse ponto, com 21% de rejeição, enquanto 38% não apoiariam Boulos e 48% dizem o mesmo de Marçal.

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