Eles têm Fernández, que acolhe mulheres, e nós temos Bolsonaro, que as discrimina. Por Moisés Mendes

Atualizado em 6 de fevereiro de 2020 às 7:08
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, faz o sinal da vitória – Juan Mabromata/AFP

Publicado originalmente no blog do autor

Alberto Fernández reafirmou em palestra em Paris o que havia prometido durante a campanha: o governo argentino enviará ao Congresso um projeto de lei que propõe o fim da criminalização do aborto e prevê assistência integral da rede de saúde pública à mulher que quiser interromper a gravidez.

“Não viverei em paz com minha consciência se uma mulher, entregue às mãos de um curandeiro com uma agulha, continuar sendo ferida ou morrer”, afirmou o presidente.

Disse mais:

“Quisera que esse debate não fosse uma disputa entre progressistas e conservadores, entre revolucionários e retrógrados, mas encarado como um problema de saúde pública que devemos assumir e resolver”.

Eles têm Alberto Fernández, que entende e acolhe os dramas das mulheres pobres. Nós temos Bolsonaro, que discrimina mulheres, gays, pobres, negros, índios, idosos e até os portadores de HIV.