Elon Musk disse nesta sexta-feira (17) que termos como “descolonização” e “do rio ao mar” são eufemismos que “implicam necessariamente genocídio” e, por isso, usuários que utilizarem essas expressões serão suspensos do X (antigo Twitter).
A publicação ocorre um dia após Musk endossar o antissemitismo em sua rede social.
“Como disse no início desta semana, ‘descolonização’, ‘do rio ao mar’ e eufemismos semelhantes implicam necessariamente genocídio. Apelos claros à violação extrema são contra os nossos termos de serviço e resultarão em suspensão”, escreveu o bilionário em sua conta no X.
As expressões são frequentemente utilizadas por ativistas que pedem por uma Palestina livre. “Descolonização” reflete ao processo de remover a influência colonial, enquanto “do rio ao mar” ressoa como um apelo pela soberania palestina.
Os termos, no entanto, são interpretados por apoiadores de Israel como uma retórica antissemita e uma chamada para a eliminação do Estado de Israel.
As I said earlier this week, “decolonization”, “from the river to the sea” and similar euphemisms necessarily imply genocide.
Clear calls for extreme violence are against our terms of service and will result in suspension. https://t.co/1fCFo5Lezb
— Elon Musk (@elonmusk) November 17, 2023
“Do rio ao mar, a Palestina será liberta”
A frase “Do rio até o mar, a Palestina será livre” é frequentemente usada por manifestantes palestinos como uma palavra de ordem que expressa a aspiração pela libertação e independência de toda a terra historicamente associada à Palestina, desde o rio Jordão até o Mar Mediterrâneo.
Na visão de muitos palestinos, essa declaração representa a busca por um Estado palestino soberano e autônomo, livre da ocupação israelense e com controle sobre seu próprio território.
O “rio” refere-se ao rio Jordão, que delimita a fronteira oriental da Cisjordânia, enquanto o “mar” se refere ao Mar Mediterrâneo, que forma a fronteira ocidental de Israel. Portanto, a expressão abrange toda a extensão geográfica da Palestina historicamente reivindicada, incluindo áreas que atualmente fazem parte de Israel.
É importante notar que essa frase também pode ser interpretada de maneiras diferentes por diferentes grupos, e alguns críticos argumentam que seu uso pode ter conotações políticas complexas, incluindo a negação do direito à existência de Israel. Por isso, a interpretação da frase pode variar dependendo do contexto e da perspectiva de quem a utiliza.