O bilionário Elon Musk anunciou nesta segunda-feira (15) que vai demitir 10% dos funcionários da Tesla, sua empresa de automóveis e armazenamento de energia, em todo o mundo. Ele enviou um e-mail aos trabalhadores alegando que a montadora de veículos passa por um período de desaceleração de demanda.
Caso os cortes sejam confirmados, cerca de 14 mil pessoas serão demitidas. No e-mail enviado aos funcionários, o bilionário cita a duplicação de funções e a necessidade de reduzir custos como motivo para os desligamentos.
Musk diz que a empresa se prepara para “a próxima fase de crescimento” e que é necessário “analisar todos os aspectos para reduzir custos e aumentar a produtividade”. “Como parte deste esforço, fizemos uma revisão completa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir o nosso número de funcionários em mais de 10% globalmente. Não há nada que eu odeie mais, mas isso deve ser feito”, prossegue.
No fim de 2023, a Tesla tinha 140.473 funcionários, número que representa o dobro do total de trabalhadores empregados na empresa três anos antes. “Com este rápido crescimento, houve duplicação de funções em determinadas áreas”, diz o e-mail do empresário.
A Tesla afirma que a entrega de veículos no início deste mês ficou abaixo das expectativas e registrou seu primeiro declínio trimestral em quatro anos. As ações da companhia caíram 31% neste ano e estão gerado especulações sobre demissões aos trabalhadores desde o início de 2024.
Analistas avaliam que a Tesla deve ter uma redução nas vendas por conta da lenta produção do novo modelo da companhia, o Cybertruck, e uma pausa na criação de novos produtos.
Drew Baglino, vice-presidente sênior da empresa, comunicou sua demissão nesta segunda, após 18 anos. De acordo com a Bloomberg, outro executivo, o vice-presidente Rohan Patel, também está se desligando da Tesla.
Até as 11h35 (horário de Brasília) de hoje, as ações da Tesla caíam 2,88% na Bolsa de Valores de Nova York.