O bilionário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, voltou a atacar o governo brasileiro na última sexta-feira (12) ao questionar as indicações de Flávio Dino, um comunista, e do “advogado pessoal” do presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023.
Os comentários de Musk surgiram em resposta a uma publicação que questionava a nomeação de Zanin, apelidado de “advogado pessoal” de Lula, para o STF. A página “The Incorrupt” abordou o assunto sendo respondida por Musk: “Seu advogado pessoal na Suprema Corte?”.
His personal lawyer to the Supreme Court?
— Elon Musk (@elonmusk) April 12, 2024
Ao ser respondido sobre Zanin, quando um usuário o confirmou, o dono do X argumentou que isso seria um “grande conflito de interesses”.
Major conflict of interest
— Elon Musk (@elonmusk) April 12, 2024
Na sequência, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou que, além de Zanin, Lula indicou Dino que, antes de ser ministro da Justiça e Segurança Pública, fez parte do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Musk então pediu confirmação se era do Partido Comunista, sendo respondido pelo bolsonarista com imagens do ex-governador do Maranhão posando com uma bandeira do PCdoB e uma foice e um martelo fazendo referência ao grupo marxista.
Exactly. pic.twitter.com/m788ajMNnS
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) April 13, 2024
Na última semana, o empresário criticou duramente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, insinuando o fechamento do X no Brasil devido a questões de censura. Ele também pediu a renúncia ou impeachment de Moraes, chamando-o de “Darth Vader do Brasil” e prometendo “revelar” como suas decisões supostamente violam as leis brasileiras.
Após os ataques, Moraes determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar a conduta do empresário, incluindo possíveis crimes de obstrução à justiça e incitação ao crime. Ele também ordenou a inclusão de Musk como investigado no inquérito das milícias digitais, que já está em andamento no STF.