Em breve, com Bolsonaro: pastor é proibido de entrar na Holanda por causa do discurso de ódio

Atualizado em 6 de maio de 2019 às 7:48
O pastor Steven Anderson

Bolsonaro foi escorraçado de Nova York, mas está longe de ser ser uma exceção no mundo civilizado.

A coisa pode, aliás, piorar.

A Holanda anunciou na última quarta que tomou “medidas” para proibir a entrada de um pastor americano antigay e negacionista do Holocausto em seu território, assim como em outros 25 países do Acordo de Schengen.

Trinta nações fazem parte dessa lista, incluindo os integrantes da União Europeia, mais Islândia, Noruega e Suíça.

Steven Anderson, que orou em 2009 pela morte do então presidente dos EUA, Barack Obama, planejava pregar em Amsterdã em 23 de maio, segundo o secretário da Justiça Mark Harbers.

“Tomei medidas para impedir que essa pessoa entre aqui”, escreveu Harbers em uma carta ao parlamento holandês.

Ele advertiu que, se Anderson ingressasse na Holanda, “isso seria considerado uma ameaça à ordem pública”.

Anderson, de uma igreja batista no Arizona, é um canalha fundamentalista admirado por suas contrapartes brasileiras.

Em novembro de 2015, descreveu as vítimas do atentado no Bataclan, em Paris, como “fieis do diabo”.

Após o massacre em um clube gay em Orlando, em 2016, declarou que havia “menos 50 pedófilos no mundo”.

Karl Popper, de novo: uma sociedade está se protegendo quando é intolerante com os intolerantes.