Em debate no DCM, Jilmar Tatto e Orlando Silva denunciam manobra da imprensa para favorecer Bruno Covas

Atualizado em 11 de novembro de 2020 às 12:38
Jilmar Tatto e Orlando Silva: o jogo só termina quando o juiz apita

No debate realizado pelo DCM esta manhã, Jilmar Tatto e Orlando Silva garantiram que não abandonam a disputa. “Meu nome estará na urna, e peço o voto de vocês”, disse Tatto, candidato pelo PT.

Orlando Silva, que disputa a eleição pelo PCdoB, comparou a disputa a um jogo de futebol. “Quantas vezes não vimos o Corinthians ganhar com gol aos 45 minutos do segundo tempo?”.

O candidato do PCdoB também falou do impacto das pesquisas nas articulações políticas e na pressão para que os candidatos pior posicionados deixem a disputa.

“Se fôssemos nos basear em pesquisas, então não precisaria ter eleição. Bastaria fazer uma pesquisa e escolher aquele que estiver em primeiro lugar”, afirmou.

Tatto lembrou das pesquisas nos Estados Unidos, que davam ampla vantagem a Joe Biden, que acabou vencendo Donald Trump por uma margem apertada.

“Estas pesquisas não estão levando em conta a força da periferia. Estão considerando que 37% por cento da população têm curso superior e montam cenários em cima desse dado, que é falso. O número de paulistanos com curso superior é inferior a 25%”, afirmou.

Tatto acredita que há um movimento na mídia para que Bruno Covas vença no primeiro turno. “Prova disso é que a Folha de S. Paulo fez o debate com apenas 4 candidatos, como se só eles tivessem chance. Isso favorece quem está na frente, o Bruno Covas”, comentou.

Na pesquisa mais recente, da RealTime Big Data, divulgada pela Rede Record, Tatto foi o candidato que mais cresceu. Saltou de 4 para 7 por cento. Bruno Covas lidera, com 34%; Boulos, em segundo, oscilou de 14 para 13%; Russomanno despencou de 22 para 12%, mesmo percentual de Márcio França.

Orlando Silva teve 1%, mesmo percentual de Joice Hasselmann, a candidata que representa a Lava Jato.

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