O advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-colaborador da Odebrecht, presta depoimento à Justiça Federal em Curitiba, nesta terça-feira (9), em audiência virtual. Ele revelou que tem guardado todo o material com provas das acusações de tentativa de extorsão de quando era investigado pela Operação Lava Jato e deve entregar a Justiça, segundo informações da CNN.
Tacla Duran presta depoimento ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba. O ex-advogado diz que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu. Ele acusa a Lava Jato de tentar lucrar, por meio de extorsão, com as denúncias feitas durante os trabalhos.
Ele diz que teria pago propina para não ser preso pela força-tarefa, que era coordenada na época por Deltan Dallagnol (Podemos-PR), hoje deputado federal.
Segundo Tacla Duran, ele foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha do senador Sergio Moro (União-PR) e por um advogado ligado à esposa dele, deputada Rosangela Moro (União-SP), que teria oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.
Ele diz ter as mensagens que trocou com esse advogado, além de documentos que comprovariam sua acusação. A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde que foi acusado por Tacla Duran, Moro diz não temer qualquer investigação. De acordo com o senador, “desde 2017, [Tacla Duran] faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”.