Nesta sexta-feira (19), o comandante do Exército, general Tomás Paiva, reafirmou o “eterno compromisso” da Força com os “mais caros ideais democráticos” do país em evento com o presidente Lula (PT). Segundo a Polícia Federal, Paiva seria um dos líderes militares que se recusaram a executar o golpe de Estado planejado por Jair Bolsonaro (PL).
Durante a cerimônia do Dia do Exército, em Brasília, Paiva destacou a defesa da pátria e dos valores democráticos, mesmo com o sacrifício da própria vida. Ele enfatizou a importância da hierarquia e disciplina na instituição, ressaltando-a como uma Instituição de Estado.
“No dia de hoje, ao completar 376 anos de glórias, a Força Terrestre reafirma o eterno compromisso com a Nação brasileira em defesa da Pátria e dos mais caros ideais democráticos, mesmo com o sacrifício da própria vida”, disse o general, antes de emendar: “Integramos uma Instituição de Estado, alicerçada na hierarquia e na disciplina, que se mantém coesa pelo culto a valores imutáveis”.
O discurso de Paiva ocorre em meio a investigações e processos envolvendo militares da reserva e ativa por atos golpistas ocorridos em janeiro de 2023. Desde que assumiu o comando do Exército, Paiva tem defendido o respeito ao resultado das eleições e a retirada dos militares da política, em contraste com o governo anterior.
Além disso, Paiva destacou a necessidade de previsibilidade orçamentária para fortalecer os projetos da base industrial de Defesa do país e aumentar a capacidade de dissuasão em um mundo multipolar.
O Brasil, atualmente, não está envolvido diretamente em conflitos armados, enquanto conflitos de maior repercussão ocorrem em outras regiões do mundo, como na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o ministro da Defesa, José Múcio, reforçou o pedido de reforço no orçamento das Forças Armadas, em meio ao bloqueio de recursos pelo governo federal para cumprir as regras fiscais. O Ministério da Defesa teve R$ 2,9 bilhões bloqueados, afetando os planos de investimento das Forças Armadas.