Por Igor Carvalho
Neste domingo, o Partido Liberal (PL) faz sua convenção para oficializar a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República, em evento no Maracãnazinho, no Rio de Janeiro (RJ). Buscando a reeleição, o atual presidente subirá ao palco às 11h22, em alusão ao número que utilizará nas urnas.
Durante a semana, nas redes sociais, bolsonaristas têm insistido para que mulheres compareçam ao evento. Bolsonaro tem uma rejeição alta, entre o eleitorado feminino e a estratégia é mostrar o presidente com um discurso mais propositivo e menos agressivo.
Essa, será a segunda campanha presidencial de Jair Bolsonaro, que teve êxito em 2018, após vencer o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) na corrida eleitoral, em um processo eleitoral conturbado, que foi decidido em segundo turno, e teve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso quando liderava as pesquisas.
Naquele ano, quando era ainda uma aposta da extrema-direita brasileira, Bolsonaro foi alvo de uma facada, durante comício em Juiz de Fora (MG), usada como justificativa para se afastar das agendas de um candidato, como os debates nas emissoras de TV, e o manteve restrito às redes sociais, ambiente que sua equipe conseguia controlar a narrativa da campanha.
Após quatro anos de governo, Bolsonaro chega às eleições de 2022 sob pressão e lutando contra o favoritismo de Lula, que lidera todos as pesquisas de intenção de voto. Caso perca, o presidente terá problemas com a Justiça, já que acumula 160 processos contra si, desde janeiro de 2019, quando assumiu o Palácio do Planalto, e sem foro privilegiado, sendo julgado como qualquer civil.
O PL também confirmará a indicação do general Walter Braga Netto, coordenador do plano de governo de Bolsonaro e ex-ministro da Defesa, como vice na chapa do partido que disputará o Palácio do Planalto.
Dessa forma, o presidente garante a manutenção de sua aliança com os militares, setor que não é homogêneo, mas que se mantém alinhado com o governo. Braga Netto, aliás, é da ala mais bolsonarista entre os fardados e um dos líderes do discurso anti-urnas eletrônicas.
(Texto originalmente publicado em Brasil de Fato)
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link