Em nota, governo diz que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro”

Atualizado em 19 de abril de 2023 às 18:40
General Gonçalves Dias andando pelo Palácio do Planalto durante atos de 8 de janeiro. Foto: Reprodução

O Palácio do Planalto publicou uma nota na tarde desta quarta-feira (19) sobre o envolvimento de militares nos atos de 8 de janeiro. Sem citar o general Gonçalves Dias, que pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos”. Leia na íntegra:

A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.

As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.

No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.

Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.

O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.

E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.

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