O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira (30) à Polícia Federal (PF) que não acreditava em um golpe para manter o ex-presidente no poder. Com informações do g1.
O militar, que está preso desde o início de maio por suspeita de falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19, foi ouvido em desdobramento das investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Cid deixou o Batalhão da Polícia do Exército e ficou na sede da PF em Brasília por quatro horas. O tenente-coronel já havia sido chamado para depor nesse caso, mas havia ficado em silêncio.
Desta vez, ele respondeu a parte das perguntas. O depoimento foi enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mensagens apreendidas no celular do ex-ajudante de ordens mostram diálogos de teor golpista com pessoas próximas ao ex-presidente. Além disso, ele recebeu documentos com roteiro para um golpe.
A PF declarou ao STF que as provas obtidas com a perícia no celular de Cid ratificam a “hipótese criminal relacionado a participação dos investigados na tentativa de execução de um golpe de Estado”.
Na avaliação da Polícia Federal, a atuação dos investigados possivelmente foi um dos “elementos que contribuiu para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023, materializando os objetivos ilícitos da organização criminosa investigada”.