Em primeiro discurso, Kamala chama Trump de “abusador de mulheres” e “criminoso”

Atualizado em 22 de julho de 2024 às 21:41
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, com expressão assustada, perto de bandeira norte-americana
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris – Reprodução

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lançou fortes críticas a Donald Trump nesta segunda-feira (22), descrevendo-o como um “abusador de mulheres”. Em seu primeiro discurso à equipe de campanha após a desistência de Joe Biden, a democrata destacou as diferenças entre ela e o adversário republicano, defendendo o trabalho do atual presidente.

“Eu lidei com criminosos de todos os tipos. Predadores que abusaram de mulheres, homens fraudulentos que estragaram o trabalho de consumidores. Eu conheço Donald Trump, eu conheço o tipo dele”, afirmou a principal candidata do partido democrata para a Casa Branca.

Kamala direcionou seu discurso para retratar o republicano como um homem que não respeita a lei e quer levar os Estados Unidos “de volta ao passado”. Ex-procuradora, ela mencionou os 34 processos que o empresário enfrenta e se apresentou como uma mulher que construiu sua carreira enfrentando homens criminosos, em uma clara alusão ao ex-presidente.

Direitos das Mulheres e Classe Média

Kamala Harris também abordou diretamente o eleitorado feminino, defendendo o direito ao aborto e alertando que Donald Trump, se tivesse a oportunidade, assinaria uma proibição ao aborto em todo o país. “O governo não deve dizer o que uma mulher deve fazer com o seu corpo”, declarou.

Outro ponto crucial do discurso foi a situação da classe média. A vice-presidente criticou a política econômica do rival, afirmando que ela prejudica aqueles que não são ricos: “Os Estados Unidos já viveram com esta política no passado, elas não levaram prosperidade, levaram à desigualdade e à injustiça econômica”.

Ela se posicionou como uma defensora dos direitos, liberdade e oportunidades, prometendo um futuro de esperança para a América, em contraste com o que descreveu como um cenário de “caos, medo e ódio” sob Trump.

Apoio a Joe Biden e Unidade do Partido

Antes de destacar suas próprias posições, Kamala defendeu o mandato de Joe Biden e enfatizou a importância de continuar seu trabalho. Ela mostrou um sorriso confiante e foi enérgica ao falar de suas aspirações para os Estados Unidos, enfatizando a necessidade de união tanto dentro do partido quanto em todo o país.

No último domingo (21), o atual chefe do governo anunciou sua desistência de concorrer à Casa Branca, expressando seu apoio à parceira para enfrentar Donald Trump. O presidente enfrentava pressão para renunciar à candidatura desde 27 de junho.

Para se tornar oficialmente a candidata democrata, Kamala precisa passar pela convenção do partido, onde já conta com o apoio de vários líderes. Além disso, eles ainda precisam definir um nome para o cargo de vice na chapa.

Desempenho Eleitoral e Pressões

O mau desempenho de Biden nas pesquisas eleitorais, que mostravam uma diferença crescente entre ele e Trump, aumentou a pressão para sua desistência. O atentado que quase tirou a vida do ex-mandatário e a convenção do partido republicano aumentaram a visibilidade dele na mídia, exacerbando a situação do atual chefe do governo, que ainda enfrenta os desafios da Covid-19.

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