Em rito judaico, corpo de Silvio Santos foi lavado para se purificar e envolto numa mortalha

Atualizado em 17 de agosto de 2024 às 16:21
Silvio Santos. Foto: Divulgação

O apresentador Silvio Santos, que faleceu aos 93 anos neste sábado (17), será sepultado em uma cerimônia privada e sem velório, seguindo os ritos judaicos, conforme seu desejo. A família Abravanel divulgou uma nota explicando que Silvio havia expressado, ao longo dos anos, o desejo de que seu corpo fosse levado diretamente ao cemitério após seu falecimento, sem cerimônias públicas.

A cerimônia vai seguir os preceitos da tradição judaica, conduzida pela Chevra Kadisha, responsável pela preparação do corpo. O ritual de purificação, conhecido como Tahará, foi realizado, incluindo a lavagem completa do corpo e seu envolvimento em uma mortalha simples branca, simbolizando a igualdade de todos perante Deus.

O rito judaico de sepultamento e luto, realizada após o falecimento de um judeu, segue uma série de rituais tradicionais conduzidos pela Chevra Kadisha, conhecida como a Sociedade Sagrada. Esta organização é encarregada da preparação do corpo, garantindo que todos os procedimentos sejam realizados de acordo com as normas religiosas.

Assim que a morte é confirmada, a família notifica a Chevra Kadisha, que dá início ao ritual de purificação chamado Tahará. Este processo envolve a lavagem completa do corpo, simbolizando a limpeza e a preparação da alma para sua passagem para o próximo mundo.

Após a purificação, o corpo é envolto em uma mortalha simples, feita de linho branco, simbolizando a igualdade de todos perante Deus, independentemente de status social ou riqueza.

Seguindo a tradição judaica, cerimônias com caixão aberto não são permitidas. O corpo não pode ser cremado, embalsamado ou ter seus órgãos removidos. O sepultamento deve ser realizado em um caixão simples, sem adornos, respeitando o princípio de que todos são iguais diante de Deus. O luto judaico é dividido em três períodos distintos:

Shivá: Este é o período mais intenso de luto, que dura sete dias após o sepultamento. Durante a Shivá, os enlutados permanecem em casa, recebendo visitas e recordando o falecido.

Sheloshim: Estendendo-se até o 30º dia após o enterro, o Sheloshim é um período de luto menos intenso. Durante esses dias, ainda há restrições, como evitar celebrações e eventos festivos.

Avelut: Este período de luto mais longo dura 12 meses hebraicos. Durante o Avelut, os enlutados continuam a relembrar o falecido e a recitar orações específicas, como o Kadish, em sua memória.

Uma prática comum entre os judeus é a colocação de pedras sobre os túmulos, um ato de respeito e uma forma de garantir que a memória do falecido não seja esquecida. Essa tradição serve para marcar o local de sepultamento e perpetuar a lembrança do ente querido.

No funeral, o caixão permaneceu fechado, seguindo a tradição que considera desrespeitoso o velório com caixão aberto. Durante o sepultamento, amigos e familiares presentes participaram do ato simbólico de cobrir o caixão com terra, uma pá de cada vez, em sinal de respeito e despedida.

Silvio Santos morreu às 4h50 da madrugada deste sábado, vítima de broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). A causa da morte foi confirmada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A cerimônia, como era de seu desejo, foi restrita à família e amigos próximos, e não houve exploração midiática de sua partida. A família pediu compreensão e respeito ao público, reafirmando que Silvio Santos queria ser lembrado com a alegria que sempre trouxe aos brasileiros ao longo de sua vida e carreira.

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