Embaixada dos EUA diz “monitorar” situação do X com STF e Musk celebra “apoio”

Atualizado em 30 de agosto de 2024 às 13:39
O bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Fotos: Stefani Reynolds/AFP e Antonio Augusto/SCO/STF

A embaixada dos Estados Unidos em Brasília se manifestou sobre a situação entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a rede social X (ex-Twitter) no país. Em nota, o órgão de representação diplomática afirmou que “monitora” o caso, disse defender a liberdade de expressão e se recusou a falar sobre o bloqueio das contas da Starlink, empresa que também pertence ao bilionário Elon Musk.

“A Embaixada dos EUA está monitorando a situação entre o Supremo Tribunal Federal e a plataforma X. Ressaltamos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental em uma democracia saudável. Por política interna, não comentamos decisões de tribunais ou disputas legais”, afirmou a embaixada americana.

O dono da rede social celebrou a manifestação do órgão nas redes e classificou o comunicado como uma “expressão de apoio”. “De fato, sem liberdade de expressão, o público não pode expressar seus pensamentos ou saber a verdade da situação, tornando impossível votar com conhecimento preciso”, afirmou o empresário.

A manifestação da embaixada foi divulgada após o X dizer que não vai cumprir ordens do ministro no Brasil e dizer que espera uma determinação para que a rede social seja bloqueada. A plataforma se manifestou por volta das 20h14, pouco depois do encerramento do prazo estabelecido pelo magistrado para indicar um representante legal.

A intimação feita por meio do X na última quarta (28) ocorreu após a rede social descumprir ordens da Corte para bloqueio de perfis. A determinação foi expedida no dia 13 de agosto e ainda não foi obedecida, o que gerou multas que ultrapassam os R$ 20 milhões e resultou no bloqueio das contas da Starlink para o pagamento.

O Supremo começou a julgar uma série de recursos da rede social contra decisões de Moraes, que votou para rejeitar todas as apelações e manter as contas suspensas. O ministro ainda afirmou que não cabe ao X contestar as ordens.