A embaixada dos Estados Unidos em Brasília se manifestou sobre a situação entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a rede social X (ex-Twitter) no país. Em nota, o órgão de representação diplomática afirmou que “monitora” o caso, disse defender a liberdade de expressão e se recusou a falar sobre o bloqueio das contas da Starlink, empresa que também pertence ao bilionário Elon Musk.
“A Embaixada dos EUA está monitorando a situação entre o Supremo Tribunal Federal e a plataforma X. Ressaltamos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental em uma democracia saudável. Por política interna, não comentamos decisões de tribunais ou disputas legais”, afirmou a embaixada americana.
O dono da rede social celebrou a manifestação do órgão nas redes e classificou o comunicado como uma “expressão de apoio”. “De fato, sem liberdade de expressão, o público não pode expressar seus pensamentos ou saber a verdade da situação, tornando impossível votar com conhecimento preciso”, afirmou o empresário.
The expression of support from the US embassy is appreciated.
Indeed, without free speech, the public cannot express their thoughts or know the truth of the situation, making it impossible to vote with accurate knowledge. https://t.co/KUeEH7s2GN
— Elon Musk (@elonmusk) August 30, 2024
A manifestação da embaixada foi divulgada após o X dizer que não vai cumprir ordens do ministro no Brasil e dizer que espera uma determinação para que a rede social seja bloqueada. A plataforma se manifestou por volta das 20h14, pouco depois do encerramento do prazo estabelecido pelo magistrado para indicar um representante legal.
A intimação feita por meio do X na última quarta (28) ocorreu após a rede social descumprir ordens da Corte para bloqueio de perfis. A determinação foi expedida no dia 13 de agosto e ainda não foi obedecida, o que gerou multas que ultrapassam os R$ 20 milhões e resultou no bloqueio das contas da Starlink para o pagamento.
O Supremo começou a julgar uma série de recursos da rede social contra decisões de Moraes, que votou para rejeitar todas as apelações e manter as contas suspensas. O ministro ainda afirmou que não cabe ao X contestar as ordens.