Embaixador de Israel no Brasil se diz decepcionado com posição do Itamaraty após ataques do Irã

Atualizado em 14 de abril de 2024 às 17:51
Embaixador Daniel Zonshine. Foto: Reprodução

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, se diz decepcionado com a falta de uma condenação direta do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, após os ataques lançados do Irã contra Israel no sábado (13).

Em nota divulgada no sábado à noite, o ministério expressou “grave preocupação” com os relatos de envio de drones e mísseis. Zonshine, que está em Israel com sua família desde sexta-feira (12), falou por videoconferência à Folha, enfatizando a expectativa de uma posição mais firme do Brasil diante do ataque iraniano.

“Nós esperávamos algo mais decisivo [do Itamaraty]. Vamos dizer, uma condenação de um ataque desse porte contra Israel. E não aconteceu. Você viu o anúncio e não é algo que condena esse ataque. Nós achamos que é decepcionante que não seja uma clara condenação da situação. Mas este foi o anúncio oficial do Itamaraty e temos que viver com isso. Eles precisam viver com isso”, afirmou.

O diplomata ressaltou que a autoria do ataque não deixa margem para dúvidas e esperava uma condenação clara por parte do Brasil, considerando a postura do país em favor da paz e da resolução pacífica de conflitos.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez comentários comparando a ofensiva militar israelense em Gaza à decisão de Adolf Hitler de matar judeus, Brasil e Israel estão envolvidos em uma crise diplomática.

 

Zonshine destacou que o ataque com drones e mísseis do Irã representa um novo estágio no conflito entre Israel e o país persa, elevando a tensão entre as nações.

Ele questionou os motivos pelos quais o Brasil não emitiu uma condenação mais direta do ataque, sugerindo que isso poderia estar relacionado à atual crise diplomática ou a outros fatores desconhecidos. “Este ataque é um novo estágio, um novo nível no conflito entre Israel e Irã. Não é algo que começou ontem ou há uma semana. Pelo menos nos últimos seis meses nós temos essa questão com o Irã, eles estão apoiando o Hezbollah, o Hamas, o Jihad Islâmico, os houthis e todas essas organizações, mas eles atuavam por terceiros. Ontem foi um ataque direto do território de um país ao outro”, completou.

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