Nesta quarta-feira (11), o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, compartilhou uma nota emitida pelo Sindicato dos Jornalistas Palestinos, que denuncia que os profissionais de imprensa também estão sendo alvos do Exército israelense no contexto do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O comunicado descreve várias agressões contra jornalistas desde o início do confronto, incluindo assassinatos, desaparecimentos, ferimentos e ataques a veículos de imprensa. A organização afirma que, somente na Faixa de Gaza, oito profissionais foram assassinados, dois estão desaparecidos, dez foram feridos e 40 veículos de imprensa foram bombardeados e completamente destruídos.
“Os jornalistas estão chamados a abrir os dois olhos e ouvidos para trabalhar com honestidade consigo mesmos”, escreveu no comunicado. “O que acontece em Gaza é MASSACRE, CRIME DE LESA HUMANIDADE”, disse ainda, em letras garrafais.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos fez uma apelação à Federação de Jornalistas Árabes e demais organizações internacionais, como a Federação Internacional de Jornalistas, assim como às instituições internacionais de direitos humanos ligadas à ONU, “para que tomem medidas para proteger os jornalistas palestinos e acabar com os crimes cometidos pela ocupação [israelense] de forma sistemática e por uma decisão oficial do governo”.
Em uma entrevista à Folha de S.Paulo, na terça-feira (10), o embaixador Alzeben rejeitou a classificação da ofensiva do Hamas como terrorismo e enfatizou que o povo palestino é a grande vítima da atual situação. Ele descreveu as ações de Israel como “terrorismo” e expressou o desespero do povo palestino como resultado das políticas dos sucessivos governos de Israel.
“O maior [ato] terrorista do mundo, para mim, agora, é a atitude do Estado de Israel, que está convertendo em cinzas todo um território com a sua gente, na Faixa de Gaza”, disse o embaixador.
“O desespero que o nosso povo tem é resultado da atitude dos sucessivos governos de Israel. Nós somos vítimas do terrorismo, independentemente da declaração do governo do Brasil”, acrescentou, em menção a uma fala do presidente Lula (PT).
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