As forças políticas de Lula e Bolsonaro voltam a se enfrentar nas eleições municipais em um segundo turno acirrado em diversas capitais brasileiras.

A disputa entre o lulismo e o bolsonarismo neste domingo (27) reflete a intensificação das estratégias de ambos os lados, que buscam expandir sua influência em redutos adversários e fortalecer suas bases para as eleições de 2026.

O Partido dos Trabalhadores (PT), que melhorou seu desempenho no primeiro turno em relação às eleições de 2020, agora se mostra confiante com as chances de vitória em três capitais onde seus candidatos disputa o segundo turno: Fortaleza, Natal e Cuiabá.

Nas três cidades, os candidatos do PT enfrentam adversários alinhados ao bolsonarismo, e as pesquisas indicam uma disputa acirrada, dentro da margem de erro.

Por outro lado, o Partido Liberal (PL), sigla de Bolsonaro, participa do segundo turno em nove capitais e, com vitórias já consolidadas no primeiro turno em Maceió e Rio Branco, projeta novos avanços. Entre os locais onde o PL acredita ter boas chances de vitória estão Aracaju, Fortaleza e Cuiabá, enquanto as expectativas são menores em Belo Horizonte, Goiânia e Palmas.

Em Fortaleza, a disputa entre Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) está sendo observada de perto. O governador Elmano de Freitas e o ex-governador Camilo Santana se destacam como principais cabos eleitorais de Leitão, enquanto a vitória do PL na capital cearense seria vista como um avanço da direita no Nordeste, região onde Bolsonaro enfrentou forte rejeição.

A situação em Aracaju é semelhante, com Emília Corrêa (PL) liderando a disputa contra Luiz Roberto (PDT). Embora tenha apoio de Bolsonaro, ela preferiu ocultar sua ligação com o ex-presidente durante a campanha, buscando contornar sua alta rejeição na capital sergipana. Em Natal, a candidata Natália Bonavides (PT) também enfrenta um adversário bolsonarista, Paulinho Freire (União Brasil), após surpreender e avançar ao segundo turno com uma campanha combativa e alinhada às pautas progressistas.

Já em Cuiabá, a abordagem foi diferente: Lúdio Cabral (PT) adotou uma postura mais centrista, conquistando o apoio de setores do agronegócio e aliados do centro-direita, como o ex-ministro Blairo Maggi. A aliança demonstra o esforço do PT para atrair apoio além da esquerda tradicional, em um movimento estratégico que o partido pretende expandir para 2026.

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