A Polícia Civil revelou detalhes do assassinato do empresário Carlos Alberto Felice (77), encontrado morto na garagem de sua casa casa no Jardim Europa, área nobre de São Paulo, nesta quinta (25). Segundo as investigações, o idoso foi mantido refém por cerca de nove horas e torturado pelos criminosos.
Jordan Magalhães Nogueira (20), apontado como um dos suspeitos, entrou na casa da vítima pelo telhado e permaneceu no imóvel das 8h às 17h48 do dia 12 de julho. Segundo a polícia, ele trabalhava com ajudante de obra em um imóvel vizinho ao da vítima, foi um dos executores do idoso e está foragido.
Na noite anterior ao crime, do dia 11 de julho, Jordan ficou no telhado da casa. O suspeito rendeu o idoso durante a manhã, período em que ele saía para caminhar.
Outro suspeito do crime, Rafael Procópio da Conceição (26), também ajudante de obra no imóvel vizinho, foi preso na última quarta (24) e negou participação no assassinato. A polícia investiga se ele de fato esteve na cena do crime.
A polícia encontrou bilhetes na cena do crime e acredita que os criminosos se comunicavam com cartas para esconder a voz. “Tem anotações para ele não reagir, estavam provavelmente com medo de serem reconhecidos. Escreviam para ele ‘já era’. Eles estavam mascarados até determinado momento”, conta o delegado Rogério Barbosa, diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
A vítima foi torturada porque os criminosos achavam que ela teria R$ 4,5 milhões de dinheiro em espécie na casa, valor que teria recebido com a venda de outro imóvel, mas só encontraram cerca de R$ 30 mil. Jordan ainda ficou com o carro da vítima após o crime e comprou móveis para sua casa com o dinheiro.
Policiais apreenderam diversos objetos do empresário na casa de Jordan, como bebidas, dinheiro em espécie, a chave do carro e o documento do veículo, que estava queimado.
A perícia constatou sangue da vítima na garagem do imóvel e descobriu que a execução ocorreu no local. O caso é investigado como latrocínio e as apurações contam com apoio da UIP (Unidade de Inteligência Policial) do Deic. Investigadores não descartam a participação de outras pessoas no crime.
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