Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, empresário morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos nesta sexta (8), já havia escapado de um atentado do Primeiro Comando da Capital (PCC) no natal de 2023. Na ocasião, ele celebrava a data com a família na sacada de seu apartamento em São Paulo e quase foi assassinado.

O empresário relatou à polícia que estava na sacada de prédio no Jardim Anália Franco, bairro nobre na zona leste, quando foi surpreendido por um disparo de arma de fogo em sua direção. O tiro partiu do edifício em frente, a poucos andares acima do seu.

Ninguém foi atingido na ocasião e Girtzbach afirmou que suspeitava que o crime fosse premeditado. O empresário foi jurado de morte pelo PCC por supostamente ter mandado matar dois integrantes da facção criminosa.

Ele teria sido o responsável pela ordem para assassinar Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, em dezembro de 2021. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o crime foi cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Apontado como executor do crime, Noé Alves Schaum foi executado em janeiro do ano passado.

O empresário, que mantinha negócios na área de criptomoedas, estava preso até o início de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Gritzbach foi morto enquanto embarcava para uma viagem internacional. Ele colaborou com o MP-SP em uma investigação sobre as movimentações financeiras do PCC após ter trabalhado junto da facção criminosa. Segundo fontes ligadas ao caso, o empresário teria fornecido informações sobre lavagem de dinheiro.

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