O presidente Jair Bolsonaro entrou em conflito com mais uma base que tenta buscar apoio para as eleições presidenciais neste ano. Empresários não digeriram bem a declaração recente do mandatário. O Chefe do Executivo disse que reformas econômicas que estão no Congresso Nacional não devem ser aprovadas.
O presidente declarou que em ano eleitoral, algumas negociações acabam não acontecendo. “A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse. Mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos que tem eleição para presidente, senadores e deputado, são anos difíceis, não tem negociação. O parlamentar no final das contas vê onde vai pagar o preço daquele voto contrário ou favorável a tal proposta”, comentou.
Ele disse ainda que a responsabilidade para as reformas passarem é do Congresso Nacional. Tanto que falou diversas vezes que dificilmente os projetos terão a aprovação dos deputados e senadores.
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Empresários cobram Bolsonaro e Guedes
Insatisfeitos com as afirmações do presidente, empresários resolveram pressionar Bolsonaro e o ministro da Saúde, Paulo Guedes. De acordo com eles, as reformas prometidas desde 2018 devem ser cumpridas.
“O Bolsonaro vai ser cobrado, porque prometeu fazer as reformas. Se quiser o apoio do mercado, terá que cumprir o acordo”, disse uma pessoa próxima de Paulo Skaf ao DCM.
Não é a primeira vez que Bolsonaro tem problemas com aliados por conta de suas promessas. O presidente também foi pressionado por servidores por reajustes nos salários.
Ele prometeu aumento a policiais federais. Guedes se manifestou contra. Porém, o foco ficou na pressão de outros servidores que também querem o aumento.
Os agentes federais e rodoviários reagiram ao possível recuo e membros das corporações já falam em “traição”, caso ele descumpra o compromisso.
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