Dos empresários que fizeram doações privadas de grande vulto para a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), ao menos 16 são alvos do inquérito no Supremo Tribunal Federal (SFT) que investiga o financiamento e a organização de atos antidemocráticos.
No último sábado (12), o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias de pessoas e empresas suspeitas de envolvimento nos protestos que questionam o resultado das urnas.
Os empresários investigados doaram um total de R$ 1,04 milhão para a campanha bolsonarista. A maior doação veio do sócio da Transportadora Rovaris, Atilio Rovaris: R$ 500 mil, repassados durante o segundo turno. Investigações das polícias Militar e Civil do DF identificaram seis caminhões da empresa de Rovaris no protesto em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, de acordo com a Folha.
O sócio da Fermap Transportes, Ilo Pozzobon, é o empresário responsável pela segunda maior doação para a campanha do atual presidente. Ele desembolsou uma quantia de R$ 122 mil nos dois turnos. Sua empresa enviou dois caminhões para o acampamento em Brasília.
A terceira maior doação, no valor de R$ 100 mil, foi feita por Sergio Bedin, sócio das empresas Eldorado Participações e Administrações de Bens e a Agropecuária Dona Senaide. Consta no relatório policial a identificação de ao menos um veículo das empresas de Bedin no ato em frente ao QG do Exército.
Desde que Lula (PT) foi eleito em 30 de outubro, bolsonaristas protestam em frente a unidades do Exército e em estradas federais. Eles pedem intervenção das Forças Armadas contra o resultado do pleito.