Em 2022, ao adquirir o Twitter por US$ 44 bilhões, Elon Musk contou com o apoio financeiro de grandes bancos, que forneceram cerca de US$ 13 bilhões em empréstimos. No entanto, essa transação, segundo o The Wall Street Journal, é considerada a pior desde a crise financeira de 2008, trazendo grandes prejuízos às instituições envolvidas.
As dívidas adquiridas pelo empresário, que normalmente seriam repassadas para outros investidores, permanecem nos balanços dos bancos desde a compra da rede social. A desvalorização do Twitter, agora chamado X, tem impactado negativamente os bancos, resultando em perdas significativas.
Em 2023, o microblog registrou uma queda de US$ 19 bilhões em sua avaliação de mercado. Desde que a empresa foi privatizada após a compra, ela já perdeu cerca de dois terços de seu valor original, segundo estimativas.
Os sete bancos que participaram do financiamento – Barclays, Mitsubishi UFJ Financial Group, BNP Paribas, Mizuho, Société Générale, Morgan Stanley e Bank of America – enfrentam agora um dos maiores desafios financeiros desde 2008. De acordo com o The Wall Street Journal, essas instituições já reduziram o valor das dívidas, o que impactou sua posição em rankings de crédito e dificultou novos negócios de fusão e aquisição.
Inicialmente, esperava-se que o Twitter, agora X, arcasse com mais de US$ 1 bilhão em juros anuais, mas as receitas da empresa nos Estados Unidos estão projetadas para alcançar apenas cerca de US$ 600 milhões em 2024. Mesmo antes da aquisição de Musk, a plataforma enfrentava dificuldades para monetizar sua base de usuários.
Em outubro de 2023, a revista Fortune relatou que o bilionário havia iniciado discussões com banqueiros para reestruturar a dívida e obter condições financeiras mais favoráveis. No entanto, o jornal indica que essas negociações não avançaram. Ainda que não esteja claro se o X está honrando suas dívidas, sinais de pelo menos um banco sugerem que isso tem impactado seus resultados financeiros.