Clientes da Enel em São Paulo enfrentam, além de horas que parecem intermináveis de falta de energia, falhas na comunicação da empresa.

A engenheira Ana Rita Ferreira relatou ao UOL que moradores da Vila Mariana receberam avisos pelo WhatsApp sobre a restauração da luz em horários que já haviam passado. As mensagens, com dois protocolos diferentes, informavam, por volta das 18h30 do último sábado (12), que a luz no edifício voltaria às 15h32 do mesmo dia.

Até a noite, não houve restabelecimento, gerando preocupações sobre o abastecimento de água, já que, sem eletricidade, a bomba não poderia ser acionada.

Camila Cruz, moradora da região do Canindé, ficou preocupada com a previsão de retorno da energia apenas para segunda-feira (14). Tentativas de contato por telefone resultaram em longas esperas sem sucesso, e ela só conseguiu falar com a Enel à noite, mas sem obter novos prazos.

Mariana Domingues, do Ibirapuera, também enfrentou problemas com previsões que eram continuamente adiadas, até que a empresa parou de fornecê-las. “As previsões ficavam aumentando de 30 em 30 minutos até o momento em que pararam de dar previsões e agora só falam que estão trabalhando pra voltar”, contou.

A Enel reconheceu uma “falha na programação” de respostas automáticas via WhatsApp, mas não forneceu prazos para a normalização do serviço. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, declarou no último sábado que não queria passar uma previsão de restabelecimento da energia “sobre a qual eu não tenho evidências reais de que vamos conseguir cumprir. Não quero gerar uma expectativa que possa ser frustrada.”

No sábado à noite, cerca de 1,35 milhão de clientes continuavam sem luz, o que corresponde a 17% dos clientes da empresa, afetando especialmente bairros como Jardim São Luiz, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Ipiranga, Pinheiros e Vila Andrade.

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