Após meses de testes e liderados pelo professor Wilson Ruggiero, do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC), engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não foi possível encontrar vulnerabilidade na urna eletrônica que será utilizada nas eleições de outubro de 2022. A Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) também entregaram ao TSE conclusões que atestam a segurança e a auditabilidade dos sistemas.
Os testes de segurança são fruto de um convênio entre a Universidade e a Justiça Eleitoral e, durante seis meses, uma equipe de 15 profissionais fez uma imersão para tentar corromper o aparelho e descobrir fragilidades no sistema. Ao todo, os engenheiros tentaram oito estratégias diferentes de ataque às urnas, todas sem sucesso.
“ Mergulhamos profundamente no código-fonte, e não achamos nenhuma vulnerabilidade. Tentamos de tudo quanto é jeito”, diz Ruggiero. O código-fonte é um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para o devido funcionamento do sistema.