Entenda o caso das vacinas e saiba quem são os envolvidos no esquema

Atualizado em 4 de julho de 2024 às 20:19
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

A Polícia Federal cumpriu buscas nesta quinta (4) contra envolvidos no esquema de fraude em cartões de vacinação. Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) e atual secretário estadual de transportes do Rio de Janeiro, e Célia Serrano, secretária de Saúde da cidade, foram os alvos de operação.

A corporação apura a falsificação de dados de vacinação e já indiciou 17 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontado como um dos beneficiários do esquema. O ex-prefeito de Duque de Caxias não fazia parte da primeira lista.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Célia e o ex-secretário de Governo de Duque de Caxias João Carlos de Souza Becha foram responsáveis pela inclusão de registros de vacinação de Washington Reis e do atual prefeito do município, Wilson Miguel dos Reis.

O esquema envolvendo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, começou em dezembro de 2022. Na época, ele falsificou cartões de vacinação para ele e sua família. Posteriormente, o ex-presidente descobriu e pediu que o auxiliar falsificasse seus registros e os de sua filha.

Inicialmente, Cid pediu ajuda ao sargento Luís Reis, membro de sua equipe, para obter um registro falso para sua mulher, Gabriela Santiago Cid. O colega acionou o sobrinho, o médico Farley, para assinar o cartão de vacinação. Na sequência, o tenente-coronel pediu ajuda a Eduardo Crespo Alves, segundo-sargento do Exército, que não conseguiu inserir os dados da esposa no ConecteSUS.

O ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis, familiares e membros de sua gestão são alvos da investigação. Foto: Reprodução

Cid então pediu ajuda a Ailton Barros, também integrante de sua equipe, que conseguiu incluir os dados falsos no ConecteSUS por meio do login e da senha de uma servidora de Duque de Caxias. Pouco depois, a esposa de Cid viajou para os Estados Unidos com o cartão fraudulento de vacinação.

Após saber do caso, Bolsonaro pediu para que o seu então ajudante de ordens falsificasse seu registro de vacinação e o de sua filha, Laura (12). Cid então pede para que Becha faça a inserção dos dados no ConecteSUS, o que ocorreu em 21 de dezembro de 2022. Na ocasião, também foram inseridas informações falsas de Max Moura e Sérgio Cordeiro no sistema.

Becha também foi responsável por incluir as informações falsas no sistema, junto da então chefe da central de vacinação da cidade, Claudia Helena Acosta Rodrigues, de mais nove pessoas: o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão de Washington; Wilson, que é tio do ex-prefeito; o deputado estadual Rosenverg Reis, irmão de Washington; Lara Quaresma Reis de Oliveira e Nicolas Quaresma Reis de Oliveira, sobrinhos de Washington; João Pedro Reis de Farias, Thomas Reis de Farias, Lorenzo Guimarães Quaresma e Giovanna Guimarães Quaresma, sobrinhos de Gutemberg; e Rafael Machado Quaresma, cunhado de Gutemberg.

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