O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (30) a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil. A decisão ocorre após o bilionário Elon Musk, dono da rede social, não cumprir a ordem de apresentar um novo representante legal no país.
A suspensão de uma rede social não ocorre de forma instantânea e deve seguir algumas etapas antes que o acesso dos usuários seja interrompido.
Primeiro, o Judiciário emite uma ordem para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) encaminhe o ofício de bloqueio para as operadoras de internet ligadas ao órgão. A responsabilidade de suspender o acesso à rede social é das operadoras, que podem bloquear o acesso dos clientes a todos os servidores da plataforma, tanto pelo navegador quanto pelos dados armazenados no celular.
De acordo com o diretor de tecnologia da Sage Networks, Thiago Ayub, a maioria das operadoras consegue concluir esse processo em até um dia útil. Além disso, as lojas de aplicativos, como a Google Play Store e a App Store, também podem impedir o download do X.
No Brasil, existem mais de 20 mil provedores de internet, segundo o Ministério das Comunicações. Entre eles está a Starlink, empresa de Musk.
Mesmo com o bloqueio, ainda será possível acessar a plataforma utilizando uma VPN (sigla em inglês para “rede privada virtual”). A VPN cria um “túnel” que camufla os sites acessados pelo usuário.
O provedor de internet sabe que você está usando uma VPN, mas não consegue identificar os sites que estão sendo acessados.