Entidade alerta CPMI que Júlia Zanatta participou da articulação dos atos golpistas do DF

Atualizado em 2 de junho de 2023 às 19:42
Deputada Julia Zanatta (PL-SC). Foto: Reprodução

A ex-senadora Ideli Salvatti, atualmente representante da Diretoria Executiva do Instituto Humaniza-SC, enviou um ofício a Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Atos Golpistas afirmando que a deputada Julia Zanatta (PL-SC) participou da articulação dos atos terroristas de 8 de janeiro. O requerimento ainda informa que o instituto protocolou um pedido de cassação contra a parlamentar bolsonarista.

“Os documentos obtidos para fundamentar o pedido de cassação pelo Instituto Humaniza-SC apontam a participação da Deputada Federal Julia Zanatta (PL-SC) na articulação dos atos de 8 de janeiro de 2023”, afirma o ofício.

Junto do documento, há dois relatórios que citam a deputada. Um deles, produzido pelo próprio Instituto Humaniza-SC, afirma que Zanatta participou de uma reunião às vésperas do ataque, no dia 6 de janeiro, com “centenas de pessoas vinculadas aos Clubes de Tiro, aos CACs e lojistas de armas”. No encontro, os membros fizeram uma campanha para arrecadar fundos e discutiram “um plano de ação”.

A ex-senadora Ideli Salvatti. Agência Brasil: Wilson Dias

“Concomitantemente a essa reunião, representantes do público presente estavam nas redes sociais organizando e incentivando pessoas a se integrarem às caravanas rumo à Brasília, para o 8 de janeiro”, diz o dossiê feito pelo instituto.

O documento ainda afirma que outros bolsonaristas estavam presentes na reunião, como o senador Jorge Seif (PL-SC), os deputados Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS), e o influencer armamentista Bene Barbosa.

O dossiê ainda cita a atuação de Zanatta como coordenadora da Embratur. Ela foi nomeada em abril de 2021 para o posto, a pedido de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e “teve a especial missão de fomentar a cultura armamentista no sul do Brasil e de fazer lobby com deputados federais e estaduais e senadores”, segundo o Humaniza-SC.

Leia o requerimento:

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