Ministro das Relações Exteriores durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo se tornou assessor internacional de uma entidade ligada ao Vox, partido de extrema-direita na Espanha. A Fundação Disenso não detalhou qual a função ou o salário do ex-chanceler.
A fundação foi criada em 2020 como um “laboratório de ideias” do Vox, que se identifica com ideias franquistas e defende pauta conservadoras e nacionalistas. A entidade é usada para discutir ideias de liberdade, a soberania nacional e a herança da civilização ocidental.
Araújo foi descrito como uma peça fundamental na expansão da presença internacional e no desenvolvimento de uma rede de influência em países como Brasil e Portugal. A entidade tem um perfil anti-imigração e crítico ao chamado “politicamente correto”.
Ao se juntar ao grupo, o ex-chanceler afirmou que a entidade “se tornou a principal oposição ao Foro de São Paulo, ao Grupo Puebla e a seus satélites criminosos na América Latina”. “É uma honra para mim juntar-me à sua causa em defesa da liberdade”, disse Araújo.
A fundação tem como patronos Santiago Abascal, presidente do Vox; Enrique Cabanas, empresário e membro da executiva do partido; e Pablo Sáez, tesoureiro da sigla. A entidade recebeu cerca de 9 milhões de euros (cerca de R$ 55 milhões) desde que foi criada.
A gestão de Araújo no Ministério das Relações Internacionais foi marcada por declarações negacionistas sobre mudanças climáticas e crises diplomáticas. Ele chegou a sugerir uma mudança da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.
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