Escola de SP impõe censura a professores sobre adoção do modelo cívico-militar

Atualizado em 6 de agosto de 2024 às 23:31
Escolas cívico-militares. Foto: Divulgação

A direção da escola estadual Guiomar Rocha Rinaldi, localizada na Zona Oeste de São Paulo, enviou um comunicado aos professores instruindo-os a não expressarem publicamente seu ponto de vista sobre o modelo cívico-militar proposto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

Segundo o documento, os “funcionários contratados pela Secretaria Estadual de Educação” devem apenas reproduzir as informações oficiais fornecidas pela pasta.

A escola Guiomar Rocha Rinaldi é uma das cerca de 300 unidades da rede estadual que manifestaram interesse prévio no modelo cívico-militar. As escolas têm até o dia 15 para realizar uma consulta com alunos, pais e professores sobre a adesão ao programa.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que o diretor da unidade será afastado e que uma investigação preliminar sobre sua conduta será aberta.

Para os professores, o comunicado é uma tentativa de censura e intimidação. Os profissionais relataram à Folha de S.Paulo que têm sido abordados por alunos e pais que solicitam mais informações sobre o modelo e dizem querer ouvir diferentes opiniões antes de tomar uma decisão.

Os docentes também afirmam que há pouca transparência e informação sobre a adesão ao programa. Eles questionam, por exemplo, por que os diretores manifestaram interesse antes de comunicar a comunidade escolar.

Contrariando o documento da escola, as regras estabelecidas pela Secretaria de Educação indicam que professores e outros profissionais da unidade podem e devem ser consultados sobre a adesão ao modelo.

Além dos professores e funcionários, podem participar da consulta alunos com mais de 16 anos e pais e responsáveis de alunos que ainda não completaram essa idade.

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