Uma escola cívico-militar no Distrito Federal tem gerado críticas, com relatos de crianças e jovens enfrentando um ambiente que muitos descrevem como ditatorial. Conflitos cotidianos são frequentemente resolvidos por policiais, que recorrem ao uso de spray de pimenta, ameaçam bater nos alunos e até os levam à delegacia para serem fichados, conforme informações da Folha de S.Paulo.
Em um dos incidentes mais recentes, policiais manifestaram desconfiança em relação a um festival de inglês na escola e proibiram a exposição de um mural para o Dia da Consciência Negra, que continha charges abordando racismo e violência policial.
Na mesma unidade escolar, uma mãe descobriu que sua filha foi levada à delegacia após um desentendimento com um professor, sendo fichada por desacato após ser deixada sozinha em uma sala. Em outra ocasião, um aluno foi alvejado com spray de pimenta e algemado dentro da própria escola por um policial.
Vale destacar também que o clima de medo resultante levou muitos professores, que recebem salários inferiores aos pagos aos “policiais-monitores”, a solicitar licença médica e transferências.
O número de escolas militarizadas no Brasil cresceu significativamente, de 39 em 2013 para pelo menos 816 em 2023, em grande parte devido ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, implementado durante o governo Bolsonaro.
Embora o governo Lula (PT) tenha anunciado o fim do programa, menos de 15% das escolas foram afetadas pela decisão, já que estados e municípios têm autonomia para decidir sobre a implementação dessas escolas.
Violações de direitos humanos em escolas militarizadas já foram denunciadas à ONU, mas, apesar disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com apoio do prefeito Ricardo Nunes, optou por implementar o modelo escolar militarizado em São Paulo.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link