O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou nesta terça-feira (28) que a Espanha irá reconhecer um Estado palestino, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, unificado sob a Autoridade Nacional Palestina, com Jerusalém Oriental como a capital.
O anúncio foi feito durante um discurso televisionado, onde Sanchez destacou que a Espanha não aceitará alterações nas fronteiras palestinas posteriores a 1967, salvo se todas as partes envolvidas concordarem com tais mudanças. Ele também afirmou que o governo espanhol aprovará formalmente este reconhecimento ainda hoje.
Segundo Sanchez, reconhecer a Palestina é essencial para alcançar a paz entre israelenses e palestinos, além de ser uma questão de “justiça histórica” para o povo palestino. Ele acrescentou ainda que a decisão não é tomada “contra ninguém, muito menos contra Israel”.
El Gobierno de España aprueba hoy el reconocimiento oficial del Estado de Palestina.
España se suma así a los más de 140 países que ya reconocen a Palestina.
Se trata de una decisión histórica que tiene un único objetivo: contribuir a que israelíes y palestinos alcancen la paz.… pic.twitter.com/sjG1gXyXN6
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) May 28, 2024
Na última quarta-feira (22), Noruega, Espanha e Irlanda anunciaram conjuntamente o reconhecimento de um Estado Palestino independente, em um movimento considerado histórico.
Os primeiros-ministros da Espanha, Pedro Sanchez, e da Irlanda, Simon Harris, juntamente com o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, indicaram que formalizariam esse reconhecimento nesta terça-feira.
Vale destacar que é a primeira vez desde o início do conflito entre Israel e o Hamas que governos reconhecem oficialmente a Palestina como um Estado. Tal reconhecimento aumenta o isolamento de Israel em relação aos países ocidentais e intensifica o debate sobre a criação de um Estado independente para os palestinos.