Esperança de Bolsonaro é urna vazia. Por Fernando Brito

Atualizado em 1 de outubro de 2022 às 23:47
Ônibus da cidade do Rio de Janeiro
Foto: Divulgação

A inacreditável ação da campanha de Jair Bolsonaro contra a recomendação do TSE aos governos estaduais e prefeituras para que facilitassem o comparecimento à votação com a sugestão de que, voluntariamente, decretassem a gratuidade do transporte público para os eleitores é o melhor retrato do que é a desesperada estratégia do atual presidente para tentar levar a eleição a um duvidoso segundo turno.

É a resposta que ele dá ao fato de dois terços (65%) dos que têm renda mensal de 1 salário mínimo, na pesquisa Ipec de hoje, ou 59% dos que ganham até 2 salários, no Datafolha, estarem dispostos a dar o voto a Lula tirar o povão da urna.

Pode ser que isso impeça a vitória em 1° turno, além do medo que tentam impor.

Não creio que ocorra este adiamento, porque a vontade social em dar fim a este período de trevas é imensa, mas ainda que se consiga evitar a supremacia da vontade da maioria dos brasileiros amanhã, será apenas um adiamento.

Deixemos que o povo decida pelo voto, mas não que seja impedido de decidir porque não tem no bolso o dinheiro para uma passagem de ônibus ou de trem.

Aqui no Rio, a escassez de ônibus seria o céu na terra para o transporte de vans, muitas vezes extorquido e controlado por milícias para que os moradores que sofrem com sua opressão deixassem de votar.

Estamos lidando com bandidos e amanhã é a hora de nos livrarmos deles.

Texto originalmente publicado em TIJOLAÇO.

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