Esposa que matou marido pesquisou “quanto tempo o corpo demora a feder?”, diz MP

Atualizado em 3 de novembro de 2024 às 7:45
Mario, Marcelly e Rafaela, investigados pelo homicídio contra o comerciante Igor Peretto – Foto: Reprodução e Redes sociais

Rafaela Costa, esposa do comerciante Igor Peretto, de 27 anos, é acusada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de “atrair” o marido para o local onde ele foi assassinado, após realizar pesquisas online como “quanto tempo o corpo demora a feder?”. O crime ocorreu no litoral de São Paulo, e ela teria contado com a ajuda do cunhado Mario Vitorino e da irmã de Igor, Marcelly Peretto.

O crime foi cometido no apartamento de Marcelly em Praia Grande, onde Igor foi atacado com facadas pelo cunhado. Segundo o MP-SP, Rafaela, embora tenha deixado o local antes da chegada do marido, fez parte do “plano mortal” ao motivá-lo a ir até o imóvel.

Imagens de câmeras de segurança mostram Rafaela saindo do apartamento pouco antes da chegada de Igor e Mario. De acordo com a denúncia, Marcelly e Rafaela orquestraram o crime, atraindo a vítima para uma emboscada. Mario seria o executor, incentivado e apoiado pelas duas mulheres.

As prisões temporárias de Rafaela, Marcelly e Mario foram convertidas em preventivas. O MP-SP justificou que a soltura deles reforçaria a sensação de impunidade no país, dado o impacto do crime e o clamor social. O juiz Felipe Esmanhoto Mateo aceitou a denúncia, tornando o trio réu e com possibilidade de júri popular.

O comerciante Igor Peretto, de 27 anos, assassinado no litoral de SP – Foto: Reprodução

O MP-SP afirma que Rafaela tinha um relacionamento extraconjugal com Mario, o que teria motivado o crime. Além disso, há indícios de que ela e Marcelly teriam um envolvimento, o que teria sido usado para “despertar ciúmes” em Igor, atraindo-o ao local da emboscada.

Enquanto aguardava o desfecho do assassinato, Rafaela teria pesquisado possíveis destinos de fuga. Após o crime, os três tentaram escapar juntos, e a viúva apagou mensagens trocadas com os comparsas, indicando um esforço para ocultar provas.

O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, argumentou que a prisão preventiva é desnecessária e que pretende recorrer com pedido de habeas corpus. O defensor de Marcelly, Leandro Weissmann, alegou que não há provas suficientes para justificar a detenção preventiva de sua cliente.

Mario Vitorino abraça Marcelly Peretto (à esq.) após assassinato do irmão dela; faca usada no crime (à dir.) – Foto: Reprodução

O laudo pericial revelou detalhes das agressões sofridas por Igor, com múltiplas facadas. A faca, encontrada no banheiro do imóvel, foi considerada o instrumento do crime, indicando uma intensa luta corporal dentro do apartamento.

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