Após a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de criar uma comissão para discutir o PL do aborto, parlamentares de esquerda têm se articulado para evitar a indicação de religiosos para o colegiado. A ideia é evitar que um “deputado pastor” integre o grupo. A informação é da coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.
O pedido foi feito diretamente a Lira e o principal argumento é que o projeto é defendido por religiosos e, por isso, a laicidade do Estado não seria respeitada no debate. Parlamentares de direita e deputados evangélicos têm rejeitado a ideia, no entanto.
A oposição quer que religiosos participem do debate, já que o principal autor do projeto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é pastor da Assembleia de Deus.
Lira anunciou que criaria uma comissão representativa nesta terça (18). O objetivo, segundo ele, é promover “um amplo debate” sobre o tema. O presidente da Casa não esclareceu como funcionará o colegiado, apenas antecipou que ele terá representantes de todos os partidos.
O projeto não precisa passar por uma comissão especial, já que teve seu caráter de urgência aprovado na última semana. A decisão de criar o colegiado, no entanto, surgiu após protestos nas ruas contra o texto e outras demonstrações de que a medida não tem apoio popular.
Ao anunciar a criação da comissão, Lira afirmou que os trabalhos devem começar somente em agosto, após o recesso parlamentar, mas a expectativa é que o colegiado comece a funcionar somente após as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro.
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